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Notícias

15/01/2018

Aumento da tarifa no transporte público pesa no bolso de quem vive de salário

 

As ruas da capital paulista foram tomadas, a partir das 17h, nesta quinta-feira (11) por cerca de 10 mil manifestantes - segundo os organizadores - contra o aumento da tarifa dos ônibus no município de São Paulo, dos trens urbanos e do metrô, que foram de R$ 3,80 para R$ 4, no domingo (7), um aumento de 5,26%.

O reajuste foi anunciado de forma conjunta pelo prefeito, João Doria, e o governador Geraldo Alckmin, ambos do PSDB. Na capital paulista, os maiores aumentos, acima da inflação, são justamente de quem mais usa ônibus ou que mora mais longe: no bilhete único mensal e na integração entre ônibus e metrô.

Para Flávio Leite, secretário de Finanças da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, seção São Paulo (CTB-SP), qualquer aumento nos preços incide no bolso da classe trabalhadora. “Na crise que estamos vivendo aumentar o valor das tarifas do transporte público atinge em cheio o orçamento de qualquer família que depende do transporte coletivo para se locomover”.

Muitas palavras de ordem são ditas contra Doria. “O passe livre não é esmola, o filho do prefeito vai de Uber pra escola”, em referência às restrições impostas pela atual administração paulistana sobre o passe livre estudantil.

"Limitar o transporte gratuito para os estudantes é agir contra o direito de ir e vir dos filhos e filhas da classe trabalhadora”, diz Leite. Ele explica que os gastos com transporte pesam no orçamento doméstico e a gratuidade beneficia a educação, permitindo aos estudantes estarem mais presentes no centro da cidade, onde acontecem os principais eventos culturais”.

Vídeo da Mídia Ninja mostra como foi o protesto

Já o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Pedro Gorki, acredita que “estar no ato hoje é sair em defesa do passe livre, mas é também sair em defesa do direito do estudante de chegar à sua escola e, portanto, é defender a educação para todos e para todas”.

Outras palavras de ordem foram ditas durante a passeata que saiu da Praça Ramos de Azevedo e rumou para a Estação Brás de trem e metrô. Outro ato foi convocado para a quarta-feira (17), aos gritos de “pula sai do chão contra o aumento do busão” e o “meu dinheiro não é capim”.

Representantes do Movimento Passe Livre (MPL) afirmam que não sairão das ruas até esse aumento ser revogado. "Com o desemprego atual e a informalidade, muitos não têm vale-transporte. Ou seja, as pessoas não conseguem sair de casa para ir atrás de emprego", afirma Fernando Bueno, porta-voz do MPL.

Ele lembra que o salário mínimo aumentou pouco mais de 1%, enquanto a tarifa subiu mais de 5%, sendo que no ano passado teve majoração de 14,8%. De acordo com Bueno o aumento acumulado da integração é de 17,4%, mais que o dobro da inflação do período.

“Precisamos debater a política de mobilidade urbana. O preço da passagem aumenta, mas a qualidade do transporte público não”, reforça Emerson Santos, o Catatau, presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes). A crítica à falta de qualidade nos transportes é recorrente entre os usuários.

Última atualização: 15/01/2018 às 14:32:05
 
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Atualizado pela Assessoria de Comunicação e Imprensa, jornalista Wanessa Canutto

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