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Artigos

08/09/2016

Golpe traz de volta FMI, arrocho e recessão

 

Por MÔNICA CUSTÓDIO  

O dia 31 de agosto de 2016 entra para a história como a data em que a elite ataca a democracia para acabar com o projeto de governo a favor do povo que vinha ocorrendo nos últimos 14 anos.

Esse golpe, disfarçado de impeachment, nada mais é do que uma farsa para banir os direitos do povo brasileiro. Um ataque direto aos direitos trabalhistas e sociais, conquistados com os governos Lula e Dilma. Mais ainda querem aniquilar os programas sociais, de distribuição de renda.

O projeto do governo sem voto, acarretará perdas de conquistas históricas da classe trabalhadora. Pretendem liquidar direitos sociais e individuais, pelos quais as mulheres, os negros e negras, os povos indígenas e a comunidade LGBT verão suas conquistas irem para o ralo com essa elite branca e rica no poder.

Já começam com a intenção de privatizar o ensino médio e superior na educação. Além de intencionarem impor o projeto “Escola Sem Partido” (saiba mais aqui), que nada mais é do que a imposição do fascismo, da falta de diálogo e do obscurantismo em salas de aula, tirando da juventude, essencialmente a mais pobre, a oportunidade de um desenvolvimento pleno, onde a cognição e a emoção caminhem lado a lado para a formação se um adulto completo, generoso e solidário.

Acabar com as cotas sociais e raciais nas universidades também trará um prejuízo enorme aos negros e negras, aos pobres e aos povos indígenas. A elite não engoliu a adoção das cotas, que elevaram o número de negros nas universidades como nunca se viu (leia mais aqui).

Composto por 80% de homens brancos, o Senado Federal cassou a presidenta Dilma para pôr fim às políticas de combate à pobreza, que melhorou a vida de mais de 40 milhões de pessoas, criando políticas públicas para promover acesso à cultura, educação, saúde, moradia, enfim uma vida digna para todos e todas.

Fundamental neste momento a união de negros e negras com as forças democráticas para combater esse golpe nas ruas e nas redes todos os dias, todas as horas e segundos. Não tem arrego. Essa luta é nossa, por nós e pelas gerações futuras.

Esse golpe parlamentar-jurídico representa trazer novamente para a vida dos brasileiros e brasileiras o fantasma do Fundo Monetário Internacional com sua receita de arrocho salarial, fim dos direitos trabalhistas e forte recessão na economia.

Por isso, conclamamos todos e todas à luta. Não vamos permitir que manchem novamente a bandeira brasileira com o sangue de nossa juventude. Lutar sempre!

Mônica Custódio, secretária de Promoção da Igualdade Racial da CTB

Última atualização: 08/09/2016 às 14:39:11
 
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Atualizado pela Assessoria de Comunicação e Imprensa, jornalista Wanessa Canutto

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